Geração Z - a que está vindo depois da Geração Y
Características e perspectivas de uma juventude que conhece a
internet desde a infância
Há certa resistência entre alguns estudiosos em usar termos muito fechados para definir povos, regiões ou gerações. Argumentam que definições simplificam os problemas e que toda simplificação tende a superficializar o debate. Outra corrente defende que, ainda que possam simplificar o debate, as definições têm o mérito de orientar as discussões. Fiquemos com a segunda opção. Até pouco tempo atrás, livros e filmes ainda falavam da Geração X, aquela que substituiu os yuppies dos anos 80. Essa turma preferia o bermudão e a camisa de flanela à gravata colorida e ao relógio Rolex, ícones de seus antecessores. Isso foi no início dos anos 90. Recentemente, o mercado publicitário saudou a maioridade da Geração Y, formada pelos jovens nascidos do meio para o fim da década de 70, que assistiram à revolução tecnológica. Ao contrário de seus antecessores slackers – algo como "largadões", em inglês –, os adolescentes da metade dos anos 90 eram consumistas. Mas não de roupas, e sim de traquitanas eletrônicas. Agora, começa-se a falar na Geração Z, que engloba os nascidos em meados da década de 80.
A grande nuance dessa geração é zapear. Daí o Z. Em comum, essa juventude muda de um canal para outro na televisão. Vai da internet para o telefone, do telefone para o vídeo e retorna novamente à internet. Também troca de uma visão de mundo para outra, na vida.
Garotas e garotos da Geração Z, em sua maioria, nunca conceberam o planeta sem computador, chats, telefone celular. Por isso, são menos deslumbrados que os da Geração Y com chips e joysticks. Sua maneira de pensar foi influenciada desde o berço pelo mundo complexo e veloz que a tecnologia engendrou. Diferentemente de seus pais, sentem-se à vontade quando ligam ao mesmo tempo a televisão, o rádio, o telefone, música e internet.
Outra característica essencial dessa geração é o conceito de mundo que possui, desapegado das fronteiras geográficas. Para eles, a globalização não foi um valor adquirido no meio da vida a um custo elevado. Aprenderam a conviver com ela já na infância. Como informação não lhes falta, estão um passo à frente dos mais velhos, concentrados em adaptar-se aos novos tempos.
Enquanto os demais buscam adquirir informação, o desafio que se apresenta à Geração Z é de outra natureza. Ela precisa aprender a selecionar e separar o joio do trigo. E esse desafio não se resolve com um micro veloz. A arma chama-se maturidade. É nisso, dizem os especialistas, que os jovens precisam trabalhar. Como sempre.
Como será a chegada da Geração Z no mercado?
A Geração Z, de acordo com estudiosos do comportamento humano, são crianças que nasceram a partir de 1995 até os dias de hoje .
E o que influencia e move esses jovens? Um mundo globalizado, conectado, aberto ao diálogo e extremamente tecnológico. E essas características criam nas crianças nascidas nas últimas décadas características únicas que definem essa geração tecnológica. E podemos já dizer que empresários e gestores devem estar preocupados sobre como esses jovens Z influenciarão o mercado de trabalho e como será a relação entre as as gerações antecedentes e essa nova geração.
Como esses futuros profissionais se adaptarão ao mercado conservador que vão encontrar?
Como sua entrada no mercado influenciará o mundo empresarial?
São perguntas que muita gente busca por respostas e tentam encontrar e prever caminhos. Alguns empresários temem pela vinda desses jovens enquanto outros têm otimismo sobre o que está por vir.
Mas, o papel que as empresas precisam primeiramente ter é de entender como esses jovens vivem e o que os motivam. Eles vivem em um ritmo fragmentado pelas inúmeras atividades distintas que realizam: ouvem música, ao mesmo tempo que estão na Internet e assistem televisão, por exemplo.
Esse fato remete a funcionários multitarefados, que por um lado pode ser benéfico à organização, mas por outro lado, se não receberem instruções para focarem suas atividades, serão profissionas dispersos, que se concentram muito menos em uma só ocupação.
O mais importante e que deve ser entendido e compreendido muito bem pelos gestores:
Esses jovens estão conectados e amam estar conectados! Esse mundo de celulares, Orkut, Twitter e web 2.0 os fazem viver em constante diálogo e valorizarem a comunicação. Essa geração já nasceu em um mundo globalizado e por isso tem uma visão ampla do seu trabalho. Eles enxergarão a empresa em todos os âmbitos e terão uma noção maior do que deve ser feito para que ela cresça. Esse jovens também terão facilidade de entender que a empresa está inserida em um universo de conexões, e a importância de mantê-las saudáveis aumentará.
Essa geração por está conectada com o mundo digital chega ao mercado de trabalho esperando por um mundo semelhante ao seu, conectado, aberto ao diálogo, veloz e global e mais, pedindo mudanças.
Cabe às empresas encararem essa mudança e irem atualizando seus negócios, repensando formas de liderança e motivação ou manterem suas posições conservadores e acatarem com as futuras consequências para seus negócios.
Ainda há tempo para adaptar, para trazer os negócios para essa nova realidade e para as empresas ficarem já preparadas para a entrada desses jovens no mercado e sobre as mudanças
Paulo Pacheco